segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O amor e o temor reverencial a Deus e o aborto

 Queria hoje abordar um tema que está polarizando a opinião pública nos Estados Unidos, no Brasil e em vários outros países, que é o aborto.

Há anos acompanhamos essa polêmica que visa abertamente legalizar a matança de nascituros, mas cujos protagonistas escamoteiam dois aspectos cruciais do assunto.

O primeiro aspecto é o ódio satânico do lobby abortista contra o ser humano em gestação. Ódio sim, porque se trata de um monstruoso assassinato dum ser completamente indefeso e inocente.

A argumentação ultra batida é: "Mas... e se a criança for concebida num estupro"?

Ainda aí nada justifica esse assassinato, porque a criança não tem culpa de ter sido gerada.

Evidentemente, a mulher estuprada deve ter todo o apoio das autoridades e da sociedade, pois o estupro é um trauma que marca toda uma vida. Mas trauma maior será ela consentir em abortar: carregará até o fim da vida o peso de consciência de ter tirado a vida de um ser inocente.

Chama muito a atenção que ao estuprador – de longe o maior culpado – é poupada a pena de morte, entretanto imposta ao nascituro. Que lógica infame é essa?

Outro aspecto dessa polêmica é considerar sempre inocente a mulher violentada. Muitas e muitas vezes será, como por exemplo Santa Maria Goretti.

Mas não podemos fechar os olhos: hoje em dia os trajes não estão nada inocentes... Ninguém pode afirmar com honestidade que os trajes mínimos de  hoje não têm um enorme papel no seduzir o homem. Se esse se desborda e pratica o estupro, a sedutora nunca tem culpa?

É evidente que os casos reais de estupro e de doentes com taras desse gênero são uma relativa minoria. O mais comum nas relações carnais de hoje é uma relação impura, consentida por ambas as partes, as quais não querem ter o ônus da paternidade. Então procuram no aborto uma maneira de se livrar, pelo assassinato, do incômodo gerado pelo pecado praticado.

Portanto, a principal causa da desejada legalização do aborto é a liberação total do pecado contra o sexto Mandamento. O que essa gente quer é PECAR CONTRA A CASTIDADE sem arcar com os deveres do matrimônio cristão. Esta é uma realidade que os abortistas escamoteiam hipocritamente.

Outro fato marcante é a falta de energia com que o aborto é condenado – quando o é – na maioria das pregações.

Por que omitir que o aborto fere frontalmente o NÃO MATARÁS, quinto Mandamento da Lei de Deus? Por que não dizer abertamente que, quem o pratica, está em estado de pecado mortal, tornando-se assim inimigo de Deus, passível de ser condenado caso não se arrependa e não se confesse  antes de morrer?

Quanta gente, sobretudo católica, evitaria o pecado pelo temor do inferno!

Um religioso mole dirá: "Não devemos falar assim! Isso afasta as pessoas da igreja e seria pior para elas!"

Não é o que diz as Sagradas Escrituras. O livro Eclesiástico afirma: "Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente!" ("novíssimos" são os temas sobre a Morte, Juízo, Inferno e Paraíso).

Temos que dizer como São João Batista a Herodes: “Não te é lícito ter a mulher de teu irmão", pois este ainda era vivo e a relação era portanto adulterina.

Da mesma forma devemos dizer: Não te é lícito pecar contra  a castidade e depois querer matar a criança indesejada!

Quanta omissão se faz nas pregações sobre o sexto e o nono Mandamentos! O resultado é que hoje já quase não existe o amor e o temor de Deus!

Esta é, talvez, a maior causa da quantidade de pecados cometidos hoje, pelo uso pecaminoso da capacidade reprodutiva com a qual Deus dotou a natureza humana. Ela foi criada primordialmente para a procriação e assim gerar príncipes celestes, que após vencerem as provas nesta terra, irão ocupar tronos no Céu.

Por que muitos dos Sacerdotes não tomam a peito fazer uma imensa campanha da virtude da pureza, portanto contra as modas imorais, com o objetivo de despertar as consciências contra o aborto?

Uma coisa é certa, e disso deveriam se lembrar  todos os católicos: na hora da morte todos seremos julgados pelas nossas virtude, pelos nossos pecados e também por nossas omissões.

Ao terminar este pensamento, caro leitor, cara leitora, peçamos juntos: "Nossa Senhora de Fátima, apressai a vossa hora e renovai a face da terra pelo triunfo do Vosso Imaculado Coração. E ajudai-nos a trilhar o caminho do amor e do temor de Deus, e assim merecermos o Céu".

 

sábado, 27 de julho de 2024

 O Pica-pau pergunta:

Se, para as feministas, o aborto é um direito da mulher, como fica o direito das mulheres que são abortadas pelas próprias mães feministas e que, aliás são a maioria das crianças abortadas?


sábado, 2 de julho de 2022

E o mendigo tem razão

 

Nos deslocamentos que faço pela cidade de São Paulo, há tempos venho consolidando no meu espírito a convicção de quão artificial é o fenômeno que enche as ruas de mendigos.

Não me esqueço de que esses são o “xodó” do Padre Júlio Lancellotti, o qual, pese seu empenho em dizer que quer acabar com a pobreza, no fundo estimula o crescimento e a manutenção dessa população de rua pouco propensa ao trabalho, transformando as cidades num teatro grotesco que facilita ao mesmo Pe. Lancellotti manter suas pregações “contra a fome e a miséria”, tomando-as como pretexto para sua arenga comuno-humanitária.

Recordei-me, então, de um artigo de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira na Folha de S. Paulo de 26/11/1982, que descasca, indiretamente, essa trama grotesca da Teologia da Libertação. O título é “E o mendigo tem razão”. Ele mostra o tipo humano de mendigo numa civilização católica, sem revolta e completamente oposta à visão progressista. Eis alguns trechos desse artigo.

* * *

Nesses nossos anos de confusão, o mais das vezes os fatos influenciam muito menos pelo que são do que pelo que parecem ser. E eles parecem ser conforme os apresenta a propaganda.

[...]

Fecho os olhos para refletir. E como há pouco girei muito largamente de automóvel pelas ruas [de São Paulo], não é de espantar que me venha ao espírito uma multidão de figuras humanas. [...]

Trata-se de gente estandardizada pela vida moderna das grandes cidades industrializadas. Mais ricos uns, outros menos, vão-se fundindo ao ritmo da máquina. [...]

Neste torvelinho estão engajados até os nababos. E também a eles esse sistema de trituração de almas alcança e reduz psicologicamente ao pó da mentalidade comum. Esforços para evitar a fome os há muitos e, sem dúvida, com algum sucesso. Por exemplo, vão rareando sempre mais os tipos do gênero dos que passarei a descrever por pena de terceiros. [...]

A rútila descrição não é minha, mas de [Antero de Figueiredo], um escritor português que alcançou em seus dias gloriosa nomeada. Leiamo-lo: “À porta de uma tenda [loja], apanhando os últimos raios de sol a descer, e sentado na terra, um mendigo de estrada come numa lata seu caldo esmolado. É uma figura de doido de fome: face escaveirada, olhos em desvairo, grenha densa de cabelo em pé. As cordoveias [veias e tendões salientes] do pescoço são de ferro negro, como o são os ossos das clavículas inteiramente escarnadas. Cobrem-no farrapos cosidos [costurados] em farrapos. Nas pernas, umas como que polainas de tábua, atadas com guitas [cordões], lembram os feixes de varas dos litores romanos; e pelos buracos das alpercatas a desfazerem-se saem os dedos negros dos magríssimos pés. Nas mãos, só pele e osso, segurando em garra a escudela [tigela de madeira] e a colher de estanho, desenham-se as falanges e os nós dos dedos como os de um esqueleto articulado. “Ah, os mendigos espanhóis! O lápis trágico de Gustavo Doré, na sua viagem em Espanha, desenhou alguns desses espectros de fome, envoltos em capas de farrapos e cobertos com largos feltros esburacados, mantendo, no entanto, através da maior miséria, um tal aprumo que dirse-iam serem Grandes de Espanha ou senhores de Bazan a quem as maiores tempestades da vida, arrastando-os à última miséria, obrigando-os a estender a mão à esmola, não conseguem desverticalizar-lhes a espinha orgulhosa. E como a arte é um sol que tudo doira, esses frangalhos, nas mãos do desenhista das visões, do negrume e da luz, tomavam aspectos de grandeza. “Os pobres espanhóis são trágicos! Sua miséria uiva, seu aspecto é pavor. Mas um halo de beleza cerca a cabeça deste desventurado: – a humildade, a resignação de toda sua figura. Trapo humano, pobrinho de Cristo, crê, Jesus sorri para ti!” (Antero de Figueiredo, “Espanha – Páginas galegas, leonesas, asturianas, vanconças e navarras”, Livraria Aillaud e Bertrand, Paris-Lisboa, 1923, pág. 400-402)”.

Continua Dr. Plinio: Quanto poder evocativo, quanta riqueza de análise, quantos escachoantes coloridos na descrição! Saliento no quadro, a meu ver mais próximo do real do que se fosse pintado a tinta, um traço que o grande Antero soube deixar bem claro, porém não incluiu na condensação de seu parágrafo final. É a riqueza de personalidade, a força de alma, a elevação de vistas, em síntese, a verdadeira fidalguia de estilo, que existe a par da “humildade” e da “resignação” de coração, neste gigantesco “pobrinho de Jesus Cristo” que ele tão bem soube observar e descrever. Heroicamente de pé no próprio âmago de seu infortúnio, verdadeiro “caballero” da melhor cepa espanhola e cristã, este homem resplandece de nobre originalidade. Não hesito em acrescentar que também de augusta respeitabilidade. Mendigo de corpo, ele é um creso [Rei da antiguidade]de alma. E aos meus olhos, novamente cerrados, voltam as inúmeras caras mais ou menos nutridas, apressadas e aflitas que encontrei hoje ao longo de meu caminho. Como são pobres daquilo em que este pobre é tão rico!

 É bem verdade que, se a qualquer desses açodados e estandartizados personagens do século XX [XXI] se oferecesse de ser este sublime mendigo, eles recusariam horrorizados. Para eles riqueza de personalidade, elevação de vistas, privilegiada força de alma, originalidade pessoal, respeitabilidade venerável, tudo isto vale menos do que uma vidinha calma, estável, farta. Ou então um vidão folgado, lauto e desanuviado. Mas, se se oferecesse ao mendigo perder todos os seus tesouros de alma para ser um homem padrão da imensa e monótona colmeia contemporânea, com quanta indignação ele o recusaria. E, a meu ver, a opção do mendigo seria a certa. Só ela estaria verdadeiramente consoante com o senso católico. O mendigo é que teria razão.

Quem ainda entenderá tal, nestes tristes dias de banalidade neopagã! Nestes dias confusos, em que até a solicitude de tanta gente na Igreja parece tantas e tantas vezes confinada – com censurável exclusivismo – ao campo da matéria, com descuido dos tesouros de alma sobrenaturais e naturais que lhe incumbe distribuir a mancheias aos homens, os quais curtem a vida neste Saara espiritual de nosso fim de século…”

Aqui termina o artigo de Plinio Corrêa de Oliveira. Terminemos também nós este artigo com uma lamentação:

“Pobres moradores de rua de nossos dias!” Bem alimentados por ONGs, carregados o mais das vezes de andrajos sujos e sem aprumo, e – pior ainda – embalados nos braços de um líder progressista que os intoxica com o espírito de revolta, vagueiam sem rumo como tristes órfãos de valores de alma e de espírito, valores esses que encontrariam no regaço da Santa Igreja Católica Apostólica Romana de antes do Concílio...

Que Nossa Senhora de Fátima, que há 50 anos manifestou seu desagrado ao mundo através do milagroso pranto de sua imagem peregrina em Nova Orleans, Estados Unidos, tenha pena dessa humanidade que peca continuamente, enviando-lhe graças especiais que a tire da mendicância espiritual em que nos encontramos.

terça-feira, 31 de maio de 2022

Se prostrado me adorares...

 

Imagine um homem que resolva passar um feriado prolongado, com sua mulher e seus dois filhos, num agradável sítio nas montanhas ou numa bela casa no litoral. Ele chegou à noite, acordou cedo e tomou um lauto café da manhã. Sentindo-se relaxado em sua bermuda, camiseta e sandálias havaianas, vai para a varanda e, coisa de hoje, puxa o seu inseparável smartphone e começa a manuseá-lo.

Sem querer, ele se depara com as notícias. E uma lhe chama a atenção: Tempestade fora do comum na Alemanha provoca inundações  e mortes.

Ele dá outro clique e aparece outra notícia: Ciclone histórico submerge cidade dos Estados Unidos.

Novo clique: Rússia aumenta sua investida contra a Ucrânia e provoca crise de abastecimento que pode se espalhar pelo mundo.

Novo clique: Embargo do petróleo pode provocar fome no mundo.

Novo clique: Putin afirma que não vacilará em detonar armas nucleares se nações aderirem à NATO.

Novo clique: Varíola do macaco está se alastrando e provocando grande preocupação sanitária em vários países.

Novo clique: Várias cidades do mundo pensam em retomar o uso da máscara porque a covid está voltando.

Novo clique: Aumentam sensivelmente casos de gravidez na adolescência e de suicídio infantil.

Novo clique: Droga faz devastação nas escolas e destrói a juventude ainda na adolescência.

Novo clique: Quadrilha assalta com fuzis condomínio fechado, mata proprietários de mansão e leva fortuna.

Novo clique: Marido surta e mata esposa e filha.

Novo clique: Lula tem maior índice de intenções de voto, segundo o Instituto Datafalha, e deve ganhar eleições no primeiro turno.

Novo clique: Padre de 83 anos, após ter abandonado o sacerdócio e se casado, se dedica a fazer filmes pornográficos assumindo que é homossexual.

Nesse momento o nosso imaginário personagem suspira aturdido com tantas notícias ruins. Apaga o seu inseparável smartphone e se põe (coisa rara!) a pensar.

“Que coisa! Está tudo dando errado! Como vai acabar isso?!”

Essa impressão domina sua mente hedonista, o abala e deprime. E fica a ideia de que tudo no mundo está se desfazendo.

Amigo de um padre da Teologia da Libertação, esse homem explicavelmente não tem o costume de recorrer a Deus, nem a Nossa Senhora para pedir clareza para avaliar a realidade. Ele aprendeu que piedade é apenas dar comida para os pobres e mais nada.

Nas horas de depressão, ele se imagina um desventurado, sem rumo, despojado de tudo. Sua vida é um fracasso! Deus para ele é um mero pensamento vazio, o qual ele não ama e no qual não confia. Ele não tem verdadeira Fé.

De repente, a não muitos metros de onde está, ele vê pousar um estranho objeto de forma esférica, com luzes piscando, dando a impressão de uma nave de altíssimo poder tecnológico.

Estático, atônito, apavorado, pensa em sair correndo, mas não consegue. Pouco tempo depois aparece, saindo da nave, um personagem verde, assexuado, de cor estranha, aspecto nojento, com olhos enormes, braços e pernas desproporcionados, que olha para o nosso homem, branco de pavor, mas ao mesmo tempo misteriosamente atraído...

O serzinho verde lança nele um olhar sentimental, até romântico, e lhe diz: “Homem da Terra, conheço os seus problemas e a sua aflição. Já superamos há séculos tudo o que vocês enfrentam hoje. Viemos de uma civilização avançada, onde a doença, a dor, a fome, a miséria e as incertezas da vida foram vencidas! Venha conosco, que lhe ensinaremos a obter a verdadeira felicidade, a ter o prazer constante e a alegria perpétua. Depois você volta à terra, mas terá aprendido conosco o modo de resolver seus problemas.” No fim, o homenzinho verde impõe uma condição: "Tudo isso lhe darei, se prostrado me adorardes"...

Será que o nosso homem hedonista, materialista e de falsa piedade se recusaria a ir com a criatura verde?

Isso parece ficção, mas não está tão longe da realidade. Segundo vem noticiando os jornais, a NASA resolveu dar a público centenas relatos de objetos voadores não identificados (OVNIs), registrados pelas câmeras dos caças da Força Aérea dos EUA. E a mídia tem divulgado estudos de cientistas sérios sobre o assunto.

Fiquemos alertas, confiantes de que Nossa Senhora de Fátima nos guardará e nos ajudará a não cairmos nessa tentação.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Biden e Francisco no mesmo diapasão

O ano nem começou e já estamos no seu segundo mês. Que rapidez! Os acontecimentos galopam, a história corre, os homens se mostram cada vez mais perdidos na correnteza.
 A posse de Biden foi marcada por atos oficiais com muitos sorrisos, promessas de paz e vida deleitosa, mas com acenos ameaçadores de profundíssimas mudanças no âmbito da cultura e dos estilos de vida. Ficou claro que o american way of life está com os dias contados. Ou seja, os EEUU de Hollywood estão para ser sepultados. Vida burguesa abastada, casa ampla super mobiliada, carrões imensos confortabilíssimos, com reboques para levar lanchas coloridas aos locais de prazer costeiro, fazendas “paradisíacas” com super cavalos etc., tudo isso vai acabar, a menos que ocorra algo inesperado, mas, de todo, não impossível. 
 O governo Biden será marcado pelo tom ecologista radical. Já há gente rosnando sobre as queimadas e desmatamentos da NOSSA Amazônia. Sabemos que há um lema pseudo-ecologistados esquerdistas nos EEUU com relação ao Brasil. Dizem eles: “Para nós (americanos), fazendas; para eles (brasileiros) florestas”. Mas não é só isto. 
O aborto vai ganhar força, toda a agenda LGBT vai ganhar força, a OMS amiga da China voltará a ter o apoio dos EEUU. 
 E já está anunciado que os conservadores serão severamente vigiados, censurados, perseguidos na medida em que defendam de forma categórica os princípios tradicionais cristãos baseados nos Mandamentos. 
Se quiserem sobreviver, os católicos terão de abraçar as novas tendências do governo Biden, as quais caminham juntas com as de Francisco. Não nos iludamos: o governo Biden vai “tocar” segundo o diapasão de Francisco. E será como que o braço secular deste, para impor no âmbito das nações os rumos apontados pelas encíclicas Evangelii Gaudium, Laudato Si e Fratelli Tutti
Veremos muito certamente, se Nossa Senhora não intervier, uma imensa revolução ecologista e panteísta tomar conta do mundo. 
Aos poucos estão preparando a opinião católica para engolir o estilo miserabilista pior do que o de Cuba, no qual as pessoas terão de renunciar a todas as comodidades e progressos do mundo moderno, utilizando o mínimo de roupas e o mínimo de requinte e conforto que caracterizam os seres civilizados. Saindo às ruas, já vemos em curso essa preparação psicológica, ao depararmos com cenas gritantes que todo mundo acha normal. É até um pouco cômico, para não dizer grotesco, vermos, por exemplo, cachorros com roupa e seus donos quase despidos, ou vestidos como homens da idade da pedra. Lembro-me de uma frase de Pierre Cardin, o badalado estilista pré-tribalista francês, publicada na revista Catolicismo n° 652 (abril de 2005): “– Nós não vestimos mais os homens e as mulheres, apenas tiramos as roupas deles”. Referindo-se aos modistas, Cardin acrescentou: “Nós desfiguramos completamente essa profissão”. No fundo, ele reconhece que estava tribalizando as pessoas. 
Fica claro, portanto, que corre um plano por trás de tudo isso. A meta é extinguir a civilização e lançar as pessoas no estilo de vida o mais primitivo. 
O mais grave de tudo é o afastamento com relação ao verdadeiro Deus, que nem o geral do clero está conseguindo evitar (e nem sei se querem evitar), apesar dos esforços ingentes de alguns, raríssimos. O rebanho está cada vez mais tribalizado, primitivizado, animalizado. O mais incrível é que o comum das pessoas não se dá conta de que a opinião pública está sendo induzida a se submeter a todos esses disparates e se deixando escravizar, graças à força que a tecnologia da internet colocou nas mãos de alguns Big Techs, os novos donos do mundo. São eles, agora, os grandes concentradores de informações que decidem o que pode ou não pode circular nas redes sociais. São os nossos novos escravagistas. 
Uma pergunta se põe: afinal, onde pretendem chegar com tudo isso? A resposta fica para um outro artigo. Mas ela existe... Verdadeiramente o panorama é assustador, mas não para os que têm verdadeira Fé Católica Apostólica Romana. A estes, autênticos filhos de Deus, Nossa Senhora assistirá com um desvelo especial nessa emergência, por serem de Deus e acreditarem seriamente nas suas promessas em Fátima. 
Quem viver, verá!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Petismo sem PT na pandemia

Começou no dia 1 de deste mês mais um passo da distensão gradual da quarentena em São Paulo, anunciada previamente pelo governador. Também ontem foi anunciada a desmontagem do hospital de campanha do estádio do Pacaembu. Para quem sai às ruas, a se julgar pelo movimento de veículos e ônibus na cidade, se diria que a vida está quase normal. Inesperadamente, no momento mesmo de anunciar o relaxamento da querentena, o governador anunciou que o uso de máscaras continuará obrigatório e quem for flagrado sem máscara na rua será autuada uma multa de 500 reais. E se for dentro de um estabelecimento comercial, a multa será de 5.000 reais para o proprietário. À primeira vista parece uma contradição um relaxamento aplicado ao mesmo tempo de um endurecimento, pois o relaxamento supõe uma diminuição de casos de contágio e o arrocho sugere o oposto. Tudo isto torna-se mais compreensivel se nos reportamos ao que foi anunciado pelo Reinformation TV no dia 15 de junho a propósito do Forum Econômico Mundial. Resumindo, pretendem que o mundo passe por um "reset" e tudo recomece seguindo a pista de um comunismo mundial sob o nome de globalismo. O que diz a reportagem? "Nada mais será o mesmo": quantas vezes ouvimos isso durante o auge da pandemia do COVID-19? O mundo "pós-COVID", repetiu o establishment político da mídia, deveria encontrar um "novo normal". E é de fato o que está ocorrendo: viagens fáceis, relacionamentos interpessoais calorosos, grandes encontros, liberdades individuais e até simples apertos de mão devem parecer dar lugar a um longo distanciamento social em última análise, regras exigentes e vigilância potencialmente drástica. Mas isso é apenas parte da imagem. O Fórum Econômico Mundial - o dos famosos encontros mundiais de Davos - em colaboração com o príncipe Charles da Inglaterra e o Fundo Monetário Internacional, lançou uma iniciativa reveladora que já mostra certos objetivos cuja realização é facilitada pelo grande medo do coronavírus chinês. Chamado "The Great Reset", ele busca "reconstruir" o sistema econômico e social global, a fim de torná-lo mais "sustentável". Essa convulsão de cima para baixo é apresentada como necessária devido ao colapso da economia mundial, ela própria consecutiva ao confinamento geral. A ideia recebeu o apoio total do secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, ex-presidente da Internacional Socialista de 1999 a 2005. A notícia continua, mas o parágrafo destacado confirma o que temos afirmado: o vírus chinês está servindo de pretexto para a criação de alavancas de controle das pessoas, rumo a uma futura ditadura globalista de caráter socialista-comunista, e exercida sobretudo através da cibernética. Há um número grande médicos que afirmam não ser aconselhável o uso ininterrupto das máscaras como as que estamos sendo obrigados a usar, por provocar o que a ciência chama de hipoxemia, que é a deficiência anormal de concentração de oxigênio no sangue e nos tecidos orgânicos. Essa exigência do uso das máscaras parece mais a imposição de uma doma, de um bridão, que a maioria das pessoas utiliza sem se dar conta de que estão sendo pouco a pouco "domadas" e acostumadas à perda de sua liberdade e personalidade. Sim, e isto já vem de longe: quem está habituado a certos hábitos irracionais como o uso de roupas furadas, ou mesmo pré-manchadas de fábrica, a usar adereços completamente estravagantes e antiestéticos, a ouvir músicas caóticas etc., acabará aceitando sem maior avaliação imposições dessas, sem nenhuma reação. Incluo neste quadro o uso desequilibrado do smartfone, que concorre para essa dependência. Para que o processo de "doma", iniciado a pretexto da pandemia, não cesse é necessário encontrar justificativas para que ele continue. Quem vai às igrejas hoje depara, neste sentido, com um tal rigor na observância das normas sanitárias imposta pela CNBB, como não se vê em nenhuma repartição. Como seria bom se a Lei de Deus e a moral fossem observadas com tal rigor. Teríamos clero e fiéis em alto grau de santidade. Outra faceta dessa "doma" é a ditadura do Judiciário que se vem impondo. Mas é tema para outra ocasião. Uma coisa é certa: tal domínio do Estado sobre as pessoas, que no caso concreto nosso foi detonado a partir do pânico com o coronavirus, foi o que sempre buscou realizar o PT, ainda mais comunista do que o próprio Partido Comunista. Assim, em vários aspectos da realidade, estamos vivendo um petismo sem PT... Que Nossa Senhora de Fátima tenha pena de nós e intervenha o quanto antes nos acontecimentos conforme anunciou em 1917.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Bios contra Mamon

O coronavirus está mudando a fisionomia do mundo. Mais precisamente as medidas preventivas estão mudando completamente a situação do mundo. Será razoável? Será proporcional? As autoridades divergem nas avaliações que fazem. Só uma coisa é sólida: o empobrecimento acentuado dos países. Veja só. Antigamente, nessas ocasiões, as orações se elevavam a Deus, em cerimônias promovidas pelo zelo do clero e pela fé dos fiéis. Pedidos ardentes e ininterruptos subiam ao Céu, até a obtenção da suspensão da epidemia, da catástrofe, da guerra. Hoje , não. As igrejas estão fechadas. Mesmo para a Semana Santa, parece que não serão franqueadas ao público. Por quê? Porque não se acredita mais que dessas celebrações se obtêm as grandes ajudas sobrenaturais. Até fontes de milagres como Lordes estão fechadas! Acompanhe-me, por favor, no seguinte raciocínio. Após o Concílio, o mundo moderno incutiu na população a ideia de que o mais importante é ter saúde e dinheiro. Mesmo dentro das igrejas, o maior empenho era pela vida, simplesmente, não pela vida humana que é espiritual, mas pela vida humana no que ela tem de “animal”. "Somos pela vida" era o que mais se ouvia. Além disso, a sociedade em geral sobrevalorizou a um grau extremo a ideia de que, além da saúde, o importante era ganhar dinheiro. A tal ponto que as pessoas transformaram a razão de ser de sua vida formarem-se em alguma especialidade afim de ganharem dinheiro, mais do que cumprir uma vocação dada por Deus. Quando ainda vivo, Dr. Plinio dizia que a sociedade estava cada vez mais paganizada, para ela Deus já não dizia quase nada. Mas a saúde e o dinheiro diziam tudo. Ele apelidou esse duplo interesse como personificado por dois deuses da mitologia pagã: Bios (o deus da vida, da saúde) e Mamon (o deus do dinheiro). Esses falsos deuses imperaram até há pouco. O Sínodo da Amazônia, conforme afirmado por Dom Claudio Hummes, estava preparando uma Igreja com nova fisionomia, não só para a Amazônia, mas para o mundo todo. Seria a igreja dos pobres, ela mesma pobre e miserável. São palavras dele na catacumba de Santa Domitila, por ocasião do Pacto das Catacumbas, realizado durante o Sínodo da Amazônia: "Todas as grandes maldades do mundo são por causa do dinheiro; é a corrupção, é o roubo, guerras, conflitos, são mentiras. Tudo para juntar dinheiro, para ganhar dinheiro às custas de qualquer coisa. O dinheiro é o grande inimigo de Jesus, pois você não pode servir a Deus e ao dinheiro." Estranha coincidência o fato de todas as medidas preventivas globais contra o Covid-19 serem de molde a empobrecer sensivelmente os povos. Mas como fazer a população mundial, ávida de dinheiro para ter seus prazeres grandes ou medíocres, se resignar a abrir mão do seu dinheiro, do seu dinheirão ou do seu dinheirinho? A estratégia foi jogar Bios contra Mamon, pois Bios é ainda mais forte do que Mamon no apego das pessoas. É melhor empobrecer do que morrer. Se este raciocínio for verdadeiro, não estranharia que as esquerdas tentassem de tudo para aproveitar essa tragédia e empurrar a população mundial rumo a uma pobreza cubana, ou venezuelana, ou e sobretudo chinesa, ainda que dando nessa direção pelo menos uns poucos passos. Verdade ou não, o que é certo aos olhos dos devotos de Nossa Senhora de Fátima é o descumprimento total dos desejos manifestados em Sua Mensagem, que era que os homens fizessem penitência e se convertessem de seus pecados. O que estamos vendo é a degringolada moral pasmosa que atingiu toda a humanidade. Hoje estamos com todas as igrejas, e até a basílica do Vaticano, fechadas. O clero católico se curvou diante de Bios e mostrou que sua fé é fraca, se é que ainda existe. Porque outrora eles iam para junto dos enfermos para atendê-los e confortá-los na hora extrema. E muitos morriam por se exporem heroicamente à contaminação, para o bem das almas. Como não poderia deixar de ser, Nosso Senhor Jesus Cristo está suscitando clérigos heroicos, com fé ardente e inabalável, capazes de não se vergarem diante de Bios nem de Mamon, nem do Covid-19, mas de cumprir heroicamente a sua missão de preencher os tronos do Céu com almas santas. É apenas uma minoria, mas que cresce a cada dia. Rezemos por eles a Nossa Senhora de Fátima, e que ela traga o quanto antes o triunfo do seu Imaculado Coração. E não permita a extinção da Santa Missa e dos demais sacramentos da única Igreja verdadeira.