segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O amor e o temor reverencial a Deus e o aborto

 Queria hoje abordar um tema que está polarizando a opinião pública nos Estados Unidos, no Brasil e em vários outros países, que é o aborto.

Há anos acompanhamos essa polêmica que visa abertamente legalizar a matança de nascituros, mas cujos protagonistas escamoteiam dois aspectos cruciais do assunto.

O primeiro aspecto é o ódio satânico do lobby abortista contra o ser humano em gestação. Ódio sim, porque se trata de um monstruoso assassinato dum ser completamente indefeso e inocente.

A argumentação ultra batida é: "Mas... e se a criança for concebida num estupro"?

Ainda aí nada justifica esse assassinato, porque a criança não tem culpa de ter sido gerada.

Evidentemente, a mulher estuprada deve ter todo o apoio das autoridades e da sociedade, pois o estupro é um trauma que marca toda uma vida. Mas trauma maior será ela consentir em abortar: carregará até o fim da vida o peso de consciência de ter tirado a vida de um ser inocente.

Chama muito a atenção que ao estuprador – de longe o maior culpado – é poupada a pena de morte, entretanto imposta ao nascituro. Que lógica infame é essa?

Outro aspecto dessa polêmica é considerar sempre inocente a mulher violentada. Muitas e muitas vezes será, como por exemplo Santa Maria Goretti.

Mas não podemos fechar os olhos: hoje em dia os trajes não estão nada inocentes... Ninguém pode afirmar com honestidade que os trajes mínimos de  hoje não têm um enorme papel no seduzir o homem. Se esse se desborda e pratica o estupro, a sedutora nunca tem culpa?

É evidente que os casos reais de estupro e de doentes com taras desse gênero são uma relativa minoria. O mais comum nas relações carnais de hoje é uma relação impura, consentida por ambas as partes, as quais não querem ter o ônus da paternidade. Então procuram no aborto uma maneira de se livrar, pelo assassinato, do incômodo gerado pelo pecado praticado.

Portanto, a principal causa da desejada legalização do aborto é a liberação total do pecado contra o sexto Mandamento. O que essa gente quer é PECAR CONTRA A CASTIDADE sem arcar com os deveres do matrimônio cristão. Esta é uma realidade que os abortistas escamoteiam hipocritamente.

Outro fato marcante é a falta de energia com que o aborto é condenado – quando o é – na maioria das pregações.

Por que omitir que o aborto fere frontalmente o NÃO MATARÁS, quinto Mandamento da Lei de Deus? Por que não dizer abertamente que, quem o pratica, está em estado de pecado mortal, tornando-se assim inimigo de Deus, passível de ser condenado caso não se arrependa e não se confesse  antes de morrer?

Quanta gente, sobretudo católica, evitaria o pecado pelo temor do inferno!

Um religioso mole dirá: "Não devemos falar assim! Isso afasta as pessoas da igreja e seria pior para elas!"

Não é o que diz as Sagradas Escrituras. O livro Eclesiástico afirma: "Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente!" ("novíssimos" são os temas sobre a Morte, Juízo, Inferno e Paraíso).

Temos que dizer como São João Batista a Herodes: “Não te é lícito ter a mulher de teu irmão", pois este ainda era vivo e a relação era portanto adulterina.

Da mesma forma devemos dizer: Não te é lícito pecar contra  a castidade e depois querer matar a criança indesejada!

Quanta omissão se faz nas pregações sobre o sexto e o nono Mandamentos! O resultado é que hoje já quase não existe o amor e o temor de Deus!

Esta é, talvez, a maior causa da quantidade de pecados cometidos hoje, pelo uso pecaminoso da capacidade reprodutiva com a qual Deus dotou a natureza humana. Ela foi criada primordialmente para a procriação e assim gerar príncipes celestes, que após vencerem as provas nesta terra, irão ocupar tronos no Céu.

Por que muitos dos Sacerdotes não tomam a peito fazer uma imensa campanha da virtude da pureza, portanto contra as modas imorais, com o objetivo de despertar as consciências contra o aborto?

Uma coisa é certa, e disso deveriam se lembrar  todos os católicos: na hora da morte todos seremos julgados pelas nossas virtude, pelos nossos pecados e também por nossas omissões.

Ao terminar este pensamento, caro leitor, cara leitora, peçamos juntos: "Nossa Senhora de Fátima, apressai a vossa hora e renovai a face da terra pelo triunfo do Vosso Imaculado Coração. E ajudai-nos a trilhar o caminho do amor e do temor de Deus, e assim merecermos o Céu".

 

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