sexta-feira, 18 de setembro de 2015

As Imigrações um Fenômeno Espontâneo?

Um fato que vem estarrecendo a opinião pública mundial é a explosão do fenômeno das imigrações para a Europa. Hordas gigantescas abandonam aterrorizadas a Síria, o Iraque e o norte da África buscando condições de existência possíveis. Chama a atenção como o coro das autoridades acabou se afinando a favor da acolhida dessas centenas de milhares de pessoas. Em princípio a compaixão europeia demonstrada para com os imigrantes é um ato de humanidade. Nem sempre, porém, tais atos, embora simpáticos, são fruto de uma sensata análise do fenômeno. Análise esta que deve legitimar ou não a posição adotada em razão do mero sentimento. Assim sendo, me parece que algumas perguntas precisam ser respondidas para se ter a inteira objetividade dos fatos: Por que os Presidentes de países europeus, tão interessados em receber os imigrantes, não unem suas forças para fazer cessar a causa da imensa emigração e assim normalizar a situação provocada por algo sumamente injusto? Quanto sofrimento se evitaria com tal atitude. Contudo não se vêm perguntas sérias sobre o que está produzindo tudo isso. Repito, não seria razoável resolver o problema e favorecer a volta de toda essa gente para suas vidas normais em suas Pátrias? Não vi notícias nesse sentido. Pode ser que existam, mas sem efeito concreto. Outra pergunta é: Por que esse mesmo interesse, essa mesma compaixão dos mandatários e das mídias pelos imigrantes não existe com relação, por exemplo, aos balseiros que desejam emigrar de Cuba? Estranho. Ademais: Como explicar esse imenso esquema montado para viabilizar a saída de tanta gente do norte da África para a Europa, sem que os chefes desses países obstaculizem o movimento emigratório? Normalmente tais chefes colocam barreiras intransponíveis para reter o povo. Ora tudo se passa como se, salva uma ou outra exceção e por cima dos fatos concretos, os interesses dos mandatários carrascos dos países de onde emigram tais populações fossem os mesmos dos Presidentes dos países que as recebem. Por último chama a atenção a imensa prevalência de imigrantes muçulmanos que, antes de serem recebidos de braços abertos pelos europeus (inclusive por membros da Igreja), cumprindo os preceitos de sua crença, matam os cristãos lançando-os ao mar. Quando cessará o imenso fenômeno das imigrações? Não sabemos. O que sabemos é que a rapidez da injeção de tanta gente, diferente em raça e religião, na Europa, ela sim católica em sua grande maioria, é de molde a modifica-la inteiramente. Dizia Plinio Corrêa de Oliveira, que a Europa é a fisionomia do mundo. Sua fé católica a modelou de tal modo que a tornou a parte mais bela do planeta. Desfigurar a face de alguém é desfigurar o que de mais nobre tem uma pessoa. Desfigurar a Europa é, portanto, desfigurar o mundo. É o que estamos presenciando.

sábado, 4 de abril de 2015

O brasileiro pacato está despertando da sua pacatez? As manifestações de março indicam que sim

Um benéfico e promissor descontentamento geral Leo Daniele Decorridas duas semanas, pode-se avaliar melhor o perfil da colossal manifestação de 15 março em São Paulo e em várias capitais, que a mídia tentou minimizar o mais possível nos dias seguintes. Como resumiu muito bem Eliane Cantanhêde, “o Brasil tem agora o antes e depois de 15 de março de 2015” (“O Estado de S. Paulo”, 15-3-15). Ou seja, depois do que aconteceu, o País não será mais o mesmo.
“Exagero”? Resposta única cabível: acorda! A mídia, sobretudo a de esquerda, tentou e tenta relativizar o que sucedeu. “Segundo o instituto Datafolha, essa foi a maior manifestação política registrada no Brasil desde o movimento das Diretas-Já, em 1984. Em São Paulo, a Avenida Paulista foi praticamente toda tomada. Grupos organizados discursaram de carros de som para um público predominantemente vestido de verde e amarelo”. Segundo informações oficiais da Polícia Militar dos diferentes Estados, no mínimo 1,950 milhão de brasileiros foram às ruas, nas capitais e em pelo menos outras 185 cidades do País. E também no Exterior – Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires – eles se manifestaram. Houve ainda vários “panelaços” Um documento do próprio Planalto admite o “caos político” e que “não será fácil virar o jogo” (“O Estado de S. Paulo”, 20-3-15). Qual a causa profunda dessas manifestações? É a mais importante indagação. Muitos itens podem ser citados, mas há sobretudo uma espécie de denominador comum de tudo. O povo está cansado, está desencantado. Embora o governo sirva de espoleta para as manifestações, há algo de mais geral e mais profundo, pois não se trata apenas de um acontecimento político. “Se contra este ou aquele aspecto da realidade se enunciam queixas, contra o conjunto dessa realidade, os fatos mais recentes tornam evidente que lavra um incêndio de verdadeiro furor” – dizia Plinio Corrêa de Oliveira a respeito do Descontentamento precursor da queda da Cortina de Ferro. Mudaram os tempos e os personagens, mas os fenômenos se aparentam.