A notícia da entrada em vigor do uso das “cadeirinhas” nos veículos familiares tomou os jornais. E junto, salvo uma ou outra exceção, as manifestações foram desfavoráveis e os protestos veementes.
Como fará a família com mais de duas crianças? Por que os taxis e vans estão dispensados? No caso de um acidente, um recém-nascido estará mais seguro numa caixa com amarras do que no colo da mãe? E os humildes, normalmente com mais filhos e vida mais apertada?
Outro aspecto da questão: os pais foram indiretamente, mas globalmente, taxados de incompetentes no cuidado com seus filhos. Daí a “necessidade” de o Estado intervir.
Lembra a questão das palmadas...
Aliás, se a criança recusar-se terminantemente, depois de todos os argumentos dados pacientemente, a aceitar a cadeirinha, não podendo levar sequer uma palmadinha, está dispensada da cadeirinha?...
Questões práticas dessa natureza, quando não convencem o comum das pessoas, carecem de sabedoria e tendem mais a atrapalhar do que a solucionar. Há precedentes como o kit de primeiros socorros e a lei contra a legítima defesa. Isso para ficarmos apenas nesses.
Mas há outra consideração que ainda não vi ser levantada. Pode ser que tenha sido, mas eu não vi. E espero ajudar os brasileiros sérios, levantando-a.
Quem quiser usar a cadeirinha que o faça. Uma lei impondo é exagero.
Para justificar tal lei seria necessário que o número de ocorrências fosse expressivo. As notícias de acidentes automobilísticos dadas pela mídia, muito raramente se referem à morte ou ferimento de crianças. Isto porque, (quem é motorista vê no trânsito) o comum dos pais dirige com muito cuidado por causa da presença de crianças. E esta é a maior segurança.
Inegavelmente, essa lei é uma intromissão brutal a mais do Estado no âmbito familiar. A lei obriga milhões de famílias:
- a comprar uma, duas ou três peças acessórias de segurança, uma despesa enorme para a maioria das pessoas. Ai da família que ganhar gêmeos após o primeiro ou o segundo filho ainda pequeno.
- as famílias terão de mudar os hábitos quando quiserem viajar, ou quando quiserem promover um encontro familiar e reunir todos os membros para, por exemplo, homenagear o vovô ou a vovó, comemorar o Natal ou Ano Novo. Conseguirão se reunir?
- Quantos pais optarão por não terem mais filhos, ou substituí-los por cachorros! Por enquanto, estes não estão enquadrados. Nada tenho contra os cães em si, mas tudo a favor das crianças.
Em face de situações como essas, é da maior importância deitar o olhar num horizonte mais profundo e avaliar as conseqüências muito mais sérias para todos.
Como compreender tanto zelo das autoridades por causa da morte de umas poucas crianças (quantas?, a mídia diz que foram em número de quatro no ano de 2009), e a maior despreocupação dessas mesmas autoridades para com centenas de milhares de crianças assassinadas no ventre materno a cada ano no Brasil, pelo incentivo ao aborto? Isto leva a considerar que o amor às crianças não é a razão principal dessa atitude. Quem preza tanto as crianças abomina o aborto.
Quando saem notícias de que a população brasileira está diminuindo por causa do desinteresse de muitos casais em ter filhos, ou em ter apenas um ou dois; e de que em futuro não distante seremos um país de velhos; como não ver nessa atitude um golpe vital contra a perpetuação dos brasileiros? Os filhos passam a ser uns “abacaxis” para os pais. E os que existem pertencem mais ao Estado do que aos pais.
Em resumo, estamos vendo mais uma manifestação da “mão de ferro” do governo, na linha da implantação do PNDH-3, decretado sem mais pelo Presidente Lula no ano passado, e portador de 521 mudanças draconianas a serem impostas ao País. Em outras palavras, a intenção é virar o Brasil ao avesso.
Que Nossa Senhora Aparecida nos proteja.
sábado, 4 de setembro de 2010
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Parabéns pelo tema levantado. Imaginemos que eu não tenha filhos, portanto meu carro não tem “cadeirinhas”, que meu carro seja um simples carro de passeio, isto é, não é van nem táxi, e o filhinho de meu visinho, que não tem carro, sofre um acidente doméstico ou está doente, não posso levá-lo ao hospital? Temos que ficar esperando a ambulância do Estado até quando ou chamar um táxi, mas e se não tivermos dinheiro para isso? Esse pai ou mãe tem que pegar seu filho doente ou acidentado e ir de ônibus? Na minha cidade não tem ônibus de madrugada, e aí? Mas tudo bem é para o bem das crianças, o Estado sempre pensa em nós...
ResponderExcluirRealmente não sei onde esse tipo de intromissão em nossas vidas vai parar. Até outro dia comentei sobre essa lei "burra" de impedir que os pais castiguem seus filhos. Pois é qdo crescerem e cometerem algo errado e a policia os vierem buscar, o Estado não terá o direito de levá-los pois tirou o direito de corrigí-los. Até onde vamos com esse desrespeito a família. E o povo que ao meu ver se encontra "idiota" vai recebendo essas modificações: muito bem obrigado.
ResponderExcluirPois é ...isso [é um absurdo!! levei uma multa ,estava indo da praia grande , pra mongaguá, depois de passarmos uma tarde na praia com nossos filhos, e mesmo com protetor solar fator 60 reclamou de ardencia nas costas e estava incomodado em estar amarrado na cadeirinha. Quase chegando em mongaguá , o tirei da cadeira pois estava impossivel mantê-lo na cadeirinha, que aliás estava quente por ter ficado no carro fechado . Apesar de explicar ao Policial, o mesmo não deu o mínimo de atenção e me multou , mesmo vendo que eu tinha a cadeirinha no carro. Foi o único dia que eu o deixei fora da cadeirinha, mesmo antes da lei ser vigorada. Falta de sorte minha e falta de compreensão por parte das autoridades. Se estivesse voltando de Van eu não seria multada.
ResponderExcluirAo invés de melhorar as condições de vida do brasileiro, dar uma salário mais digno para os pais de família, diminuir os impostos etc.. nosso governo parece fazer exatamente o contrário!
ResponderExcluirUm casal desejoso de ter prole numerosa se vê cada vez mais em uma situação constrangedora...